14 de fevereiro de 2009

Soneto 8

escorre o tempo e dos espaços
traz pras poças uma miríade
de pingos a repercutir
nos pátios os perdidos passos

das multidões que já o pisaram
enquanto o tempo todo corre
das constelações que piscaram
em tal desordem a entropia

da nossa profusão que pisca
e fica atrás desta esclerótica
que pra cada piscada morre

mas se dá conta neste instante
e no brando branco rabisca
este equívoco que ora escorre

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