4 de novembro de 2008
17 de outubro de 2008
Feriado burguês
Vim desde os prédios
calcando o verde
e agora eu olho
tudo do cume.
Inexorável,
mando o caseiro
arrancar a
erva daninha.
Lá no pé da
serra pegou
uma favela.
7 de julho de 2008
O manto do poeta
A gente passa na praça
sob o pegajoso manto
que a penca de pombos caga,
esses espíritos santos.
20 de junho de 2008
15 de abril de 2008
Ocaso
não olho o branco que me abrange
não me cubro nesse vazio
nem sinto a neve que cai tênue
não piso a vaga congelada
(colina em meio ao mar de neve)
nem ouço o estilhar da fenda
não bebo o copo de sereno
não me viro para o oeste
não me cubro nesse vazio
nem sinto a neve que cai tênue
não piso a vaga congelada
(colina em meio ao mar de neve)
nem ouço o estilhar da fenda
não bebo o copo de sereno
não me viro para o oeste
por que nenhuma andorinha?
guardo meus punhos no casaco
guardo meus punhos no casaco
9 de abril de 2008
7 de abril de 2008
29 de março de 2008
Silêncio
O silêncio não diz nada
mas eu falo do silêncio.
Pego e pago a pena de
repetir o gesto, o risco,
o traço arisco do verbo.
O manto invisível da
palavra. Melhor dizendo,
não-palavra. Esse calar
que canta não sendo e quando
também se instala uma fala
que fala e fala e falando
se encolhe, se esvai no vento.
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