18 de março de 2009

Meu amor

            a Ana

Ele vem pela areia que é pó das estrelas.
Vem de outrora, por dunas remotas. O ventre
é promessa, seu canto uma dádiva esplêndida
e seu corpo uma fome: saudade de tudo
que a manhã vai trazer com suas mãos de alvorada.

9 de março de 2009


Não me creio Deus
porque os peixes boiam bestas
no alheamento vítreo.

7 de março de 2009


Na era que vem
o ego será suplantado.
Vai sobrar alguém?

4 de março de 2009


Não há tato no
gesto, atavio no fato,
frescura no ato.

2 de março de 2009

A quatro mãos


aqui
manuscrita
a mão (cheia)
de d
     eus
     d
     o
     seus