à Ninoca
Ele vem pela areia que é pó das estrelas.
Vem de outrora, por dunas remotas. O ventre
é promessa, seu canto uma dádiva esplêndida
e seu corpo uma fome: saudade de tudo
que a manhã vai trazer com suas mãos de alvorada.
em torno da espera,
em volta da esfera
que marca um ritmo,
que oculta um bicho
famulento que vela
no vário vê das setas,
devorando o momento,
abreviando a comida.
Embora, abaixo do ver,
por detrás do instante, o mundo
se desdobra num segundo.