24 de agosto de 2025

Viu o rosto azul
(uma barba), a vista rútila.
Desviou-se lívida.

10 de junho de 2025

Tábula rasa

Olha só este soneto
pendurado na parede!
Num quadrilátero branco
é uma janela pro nada.

A palavra – é nada? E mesmo
morta, a celulose, sede
dos desarvorados traços
que jamais folheará,

(já que aqui jazem, pendentes)
não guarda sequer qualquer
abstrato grão? Semente

que talvez prepare para
alguma especulação
que poderá ser sua cara?