Olha só este soneto
pendurado na parede!
Num quadrilátero branco
é uma janela pro nada.
A palavra – é nada? E mesmo
morta, a celulose, sede
dos desarvorados traços
que jamais folheará,
(já que aqui jazem, pendentes)
não guarda sequer qualquer
abstrato grão? Semente
que talvez prepare para
alguma especulação
que poderá ser sua cara?