21 de julho de 2016

à tarde no bosque 
o sol transverso nos troncos 
penteia a clareira
o rio rebola
entre o sinuoso ventre
de areia da orla
mordida do vento
a folha enlevada valsa
despida de verde
o coco na areia
um olho vidrado no
vaivém da palmeira

14 de julho de 2016

Fome do urubu
pousado na cruz, pousada
de quem não é mais nada.