O silêncio não diz nada
mas eu falo do silêncio.
Pego e pago a pena de
repetir o gesto, o risco,
o traço arisco do verbo.
O manto invisível da
palavra. Melhor dizendo,
não-palavra. Esse calar
que canta não sendo e quando,
também, se instala uma fala
que fala e fala e falando
se encolhe, se esvai no vento.