31 de janeiro de 1998

Submerso

Eu imagino um mundo submarino,
sub-reptício sob a superfície,
onde se afogam a noite e o dia e é
supérflua toda poesia; onde cavalos
pastam em esmeralda flutuação sobre
as estrelas espalhadas pelo chão.

29 de janeiro de 1998

Quando amanheceu,
todo mundo era contente.
Nunca aconteceu.

25 de janeiro de 1998

Continuar sozinho
é o que resta; por seu rastro
estendo o caminho.

11 de janeiro de 1998

Natureza morta

Estou por ali,
jogado no meio da
bagunça do quarto.